sábado, 25 de julho de 2009

Do mensalão prá cá

Quando do episódio do mensalão federal, parte da militância PeTista, eu incluído, se envergonhou dos atos cometidos pelo voluntarismo da direção partidária. Não que eu, pessoalmente, valorize mais os meios que os fins e saiba perfeitamente, de muito tempo já, como se realizam negócios no congresso federal: Jogo de interesses. Foi assim na aprovação da emenda da reeleição de FHC, antes, durante e depois -ouso dizer que será assim, aqui e em todo o mundo, por muito tempo ainda, tornando-se somente mais controlados, institucionalizados e transparentes como espero ver tornarem-se os lobbies de planos de saúde, tabaco, armas, etc. O PT, no entanto, inovou a forma de realizar transações políticas, como é característica de seu perfil de vanguarda: Negociações em dinheiro vivo advindo de sobras de financiamento de campanha, em torno de demandas de interesse popular. O orçamento federal não foi tornado moeda de troca, como era costume então, nem essas negociatas objetivavam favorecer diretamente o presidente Lula -ao contrário da emenda de reeleição de FHC, nem os interesses de grupos econômicos -como o foram as privatizações, nem o PT. O congresso estava a venda, então, vamos comprá-lo, antes que outros o façam.

Decisão acertada, concluí.

Na econômia da época, não era perceptível ainda a acertada transformação na dinâmica de circulação de capital implementada no governo Lula para combater a situação de descalabro deixada ao final do governo FHC, denominada herança maldita, de cujos resultados constam estes listados a seguir: Aumento do desemprego, do endividamento do estado, da miséria, a transferência do patrimônio do estado para privados e a completa permeabilidade na condução dos destinos da nação aos interesses de grupos econômicos, ocorrendo no limite da irresponsabilidade.

Há, nestes dias, um discurso de que essa desgraça acontecendo por oito anos foi boa afinal e a gente devia estar agradecido...
Discurso forçado esse, hem, pô?!

Não podendo manter pra si os recursos, pois aos olhos da militância, enriquecimento ilícito de PeTistas é crime ainda maior, encareceram-se as campanhas eleitorais e foi realizado o lobby descrito já neste texto -a propósito, se me estiver lendo um auditor fiscal tucano, peço que investigue os dirigentes PeTistas. Não aceitamos em nosso meio aquele assemelhado a casta que há 500 anos impesta o Brasil. A mesma coisa aos auditores PeTistas: Canalhas, de nenhuma espécie, são tolerados.

O segredo de polichinelo, bem classificado, assim, por Ciro Gomes, foi então revelado com grande estardalhaço e vendido pela mídia hipócrita como inédito, mas uma cópia do modelo tucano implementado em Minas Gerais para eleição do governador Azeredo. A histeria se alastrou, qual rastilho de pólvora, em um país ainda em recuperação econômica e a moral da militância foi abalada. Tentou-se, ainda, converter em ganho político o episódio do mensalão com a batalha pela aprovação da reforma política, alicerçada sobre as bandeiras de financiamento público de campanhas eleitorais e voto em lista fechada. Esse assunto não interessa às elites nem ao PIG, e está, ainda, portanto, rejeitado enquanto o povo não se dá conta que é demanda de seu interesse e exige sua aprovação no congresso.

O país, no entanto, hoje é outro...

Realizamos, com sucesso, os primeiros passos no caminho que transportará o Brasil para um estado de bem-estar social que vamos atingir, elegendo, inicialmente, a companheira Dilma Rousseff Presidente do Brasil. Neste contexto, por tudo que foi exposto, convoco a militância PeTista para repudiar a intenção pessonhenta da elite em querer nos tornar responsáveis por José Sarney e assemelhados, que há tempos parasitam o Brasil, afim, SOMENTE, de entregar a presidência do senado para o PSDB. Nunca! Antes Sarney que PSDB, DEM ou outro oposicionista que faça arriscar perder os avanços conquistados com o sangue, suor e lágrimas brasileiros, APENAS, para dar outra chance para os incompetentes demotucanos.

Jamais terão essa chance! Fica Sarney!

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