sábado, 23 de abril de 2011

Toca outra vez

Talvez só eu não soubesse... de todo jeito vai aí a dica: prá tocar um vídeo do YouTube repetidas vezes, ponha a palavra repeat entre youtube e .com.

A música The Sad Song de Fredo Viola é que encerra o filme 'A educação de Charlie Banks' - um filme razoável. Ela, porém, é surpreendente e eu precisava conhecer...

A letra também é de arrepiar - só que a última frase eu não entendi...

Baby Harry (3x)

Be good, be good
And go gently
And follow the Lord
He's falling over...


Isso de encanar com música de filme as vezes acontece. Por um bom tempo eu tentei descobrir que música tocava no filme 'Boogie Nights', na cena que segue à tentativa de roubo, quando o herói tenta pôr o carro prá funcionar - pois eu sabia que conhecia... Hoje eu descobri. É Jethro Tull - Fat Man!


quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Precisa dizer mais nada

A Folha apoiou o golpe militar de 1964, como praticamente toda a grande imprensa brasileira. Não participou da conspiração contra o presidente João Goulart, como fez o "Estado", mas apoiou editorialmente a ditadura, limitando-se a veicular críticas raras e pontuais.

Confrontado por manifestações de rua e pela deflagração de guerrilhas urbanas, o regime endureceu ainda mais em dezembro de 1968, com a decretação do AI-5. O jornal submeteu-se à censura, acatando as proibições, ao contrário do que fizeram o "Estado", a revista "Veja" e o carioca "Jornal do Brasil", que não aceitaram a imposição e enfrentaram a censura prévia, denunciando com artifícios editoriais a ação dos censores.

As tensões características dos chamados "anos de chumbo" marcaram esta fase do Grupo Folha. A partir de 1969, a "Folha da Tarde" alinhou-se ao esquema de repressão à luta armada, publicando manchetes que exaltavam as operações militares.

A entrega da Redação da "Folha da Tarde" a jornalistas entusiasmados com a linha dura militar (vários deles eram policiais) foi uma reação da empresa à atuação clandestina, na Redação, de militantes da ALN (Ação Libertadora Nacional), de Carlos Marighella, um dos 'terroristas' mais procurados do país, morto em São Paulo no final de 1969.

Em 1971, a ALN incendiou três veículos do jornal e ameaçou assassinar seus proprietários. Os atentados seriam uma reação ao apoio da "Folha da Tarde" à repressão contra a luta armada.

Segundo relato depois divulgado por militantes presos na época, caminhonetes de entrega do jornal teriam sido usados por agentes da repressão, para acompanhar sob disfarce a movimentação de guerrilheiros. A direção da Folha sempre negou ter conhecimento do uso de seus carros para tais fins.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Verás? - by NPTO

Prá mim, ESSE É O POST do segundo turno. Devia ter copiado um pouco antes... No entanto, ainda faltam 10 dias pra votação e tudo que tá aí continua válido. Prá rua, então, cambada!


Tem um pessoal dizendo que até que eu era gente boa, mas agora fiquei panfletário. Vocês não viram nada, companheiros (essa foi de propósito). Desde ontem, comecei a dedicar parte de meu dia para fazer panfletagem aqui no centro da cidade do Rio.

Você, caro petista, está desanimado com a pesquisa Sensus? Está, assim, tristinho? Está, assim, solando, o nenê? É porque você está acompanhando a eleição pela TV e pelo Twitter, onde estão os 5% de rejeição do Lula. Mas porque você não está acompanhando na rua? Você é tucano?

Porra, ainda estamos na frente (perguntem a um estatístico se aquilo ali na Sensus é empate técnico), e já retomamos a iniciativa. A Dilma (que, pela Sensus, ganhou o debate confortavelmente) já fez as pazes com os religiosos, começando a desmontar o negócio que desequilibrou a eleição; mas os caras têm um exército mercenário correndo Igreja e dizendo que não. E você está esperando o que pra ir pra rua desmentir os caras? Que te paguem? Você é o que, DEMista?

Hoje inauguro a seção “diário da campanha”, contando minhas panfletagens, como fiz na época da campanha do Gabeira. Vai pra rua, rapaz, que você se anima. Ontem consegui distribuir meus panfletos em pouquíssimo tempo, a maioria das pessoas recebiam dizendo “é isso aí” (se você já fez panfletagem, sabe que isso é raro). O cara vendendo refrigerante com um isopor com adesivo da Dilma veio me dar parabéns. Claro, tem quem não goste, e imagino que você não vá distribuir panfleto na TFP.

Há 80% de brasileiros que quer a continuidade das políticas do atual governo. A gente só tem que ir pra rua fazer o anti-spam, e deixar as pessoas escolherem o que, segundo todas as pesquisas de satisfação, é o que elas tenderiam a escolher com tranquilidade e sem sacanagem de “Essa é a vagabunda do aborto?”, como me disse a única negra que não recebeu meu panfleto ontem sorrindo e dizendo que já ia votar na Dilma mesmo.

Está na hora de mostrar que isso aqui é partido de verdade, ao contrário de certos partidos da oposição que não têm partido nem no nome. É hora de mostrar como conseguimos, nesses anos todos, sobreviver como partido sem ter jornal. Lembrando que panfleto é o spam do sujeito com caráter: você vai lá e, literalmente, muitas vezes, dá a cara a tapa. Se o cara responder, melhor, conversa com ele, teste suas convicções dialogando respeitosamente.

Não deixe que a batalha te encontre no twitter. O PT só joga em casa na rua.

Enquanto isso, os trolls trollam. Nunca serão.

sábado, 2 de outubro de 2010

Declaração de Voto

Aqui em casa somos dois que votam e, com muito orgulho, vai um voto para cada um dos candidatos à Deputado Estadual José Ricardo do PT, e Marcelo Ramos do PSB.

Esses dois, atuais vereadores, muito têm honrado a população por suas atuações na Câmera Municipal de Manaus, resultando no reconhecimento de suas qualificações para exercer mandato na Assembléia Legislativa do Estado do Amazonas.

Há muito refletia o quanto retardou, José Ricardo, especialmente, em pleitear indicação do partido para exercer mandato no parlamento estadual. É tradição no Amazonas o estabelecimento, por décadas, de hierarquias de poder emanados dos grandes caciques políticos. Hoje esse poder de mando é exercido por Eduardo Braga, candidato à Senador. É no campo de batalha da Assembléia legislativa que, iniciando com esses dois companheiros, haveremos de inaugurar uma nova era de participação popular no poder no Amazonas. Para isso precisamos construir uma bancada grande e comprometida com o interesse popular.

Estes dois companheiros sabem, muito bem, identificar os verdadeiros adversários políticos e também não compactuam com o mau-feito. Merecem cumprimentos, ambos, pelas duras reprimendas que sofreram de seus partidos por apoiar a reeleição de Serafim Correa do PSB, candidato à reeleição em 2008, ato que resultou, inclusive, na expulsão de Marcelo Ramos de seu ex-partido, o PC do B.

Sem qualquer entusiasmo voto Alfredo para Governador, Vanessa e Jefferson Praia para Senador e Praciano para Deputado Federal.

Porque voto Dilma

Vou seguir o bom exemplo do estadão e revelar também meu voto que vai para - surpresa -, Dilma Rousseff. Ao contrário do matutino paulista, entretanto, elenco neste post os motivos que me levam a escolhê-la entre os demais e não, os motivos porque rejeito os outros.

Em primeiro lugar, voto porque é PT. Como naquele ditado que várias cabeças pensam melhor que uma, considero que, em um coletivo, muitos erros são detectados e corrigidos nas instâncias internas antes de serem apresentados à sociedade. A Constituição também expressa que o requisito para participação em processo eletivo é filiação à partido político. Acho malandra a argumentação que marginaliza os partidos "em favor" de seus quadros. Penso, ao contrário, que por meio dos partidos a democracia é exercida duas vezes, uma nos processos de decisão internos, e outra nas urnas. Sejam os partidos democráticos, ampliam-se as oportunidades para argumentação e convencimento, e o PT é o partido mais democrático do Brasil. Prévias e eleições diretas estão regulamentados e são realizados na práxis PeTista. Possivelmente esse caráter democrático tem influência na liderança do PT, em primeiríssimo lugar, como partido preferido por trinta por cento dos brasileiros, segundo pesquisas.

Mas não só porque é PT que Dilma Rousseff tem meu voto. Voto pela continuidade. O governo Lula estabeleceu um diferencial na história do Brasil, quando comparado a qualquer outro governo que tenhamos conhecido. Em seu governo, cinqüenta milhões de brasileiros ascenderam socialmente, de maneira inédita. Não a toa, passa de oitenta por cento o contingente da população que considera ótimo ou bom o desempenho do governo PeTista e de seu mandatário. É esse o contexto que torna justo o caráter plebicitário que se formou nessas eleições, apesar do descontentamento de alguns. Os números falam por si e os gráficos publicados no blog Muito pelo Contrário sob a tag quer que eu desenhe? valem por mais de mil palavras. A resposta na economia foi dada e resta agora somente a questão ética pautando o debate político brasileiro.

Assim como Collor, o caçador de marajás, nas eleições 2010 Marina Silva foi içada ao posto de campeã da ética. Enfatizo, como óbvias, as dezenas de características que a diferenciam de Collor, a começar pela formação política e social de ambos. Marina Silva é oriunda do Partido dos Trabalhadores, da ala majoritária do PT. Destacou-se por uma militância especialmente engajada na questão ambiental, tema supra-partidário, na qual o governo Lula tem também muitos resultados positivos a comemorar. Não há, portanto, uma preocupação ambiental que não seja compartilhada por uma grande quantidade de PeTistas e militantes de outros partidos. Para infortúnio de Marina, entretanto, a via aberta pelo PIG para diferencia-la da candidatura Dilma - e o que a torna assemelhada ao Collor -, é o caráter falsamente ilibado na questão ética, abraçado tão fervorosamente pela Senadora Acreana. Como bem lhe respondeu Dilma Rousseff nos debates da Globo e SBT, canalhas há em toda parte e o combate à corrupção se faz pelo fortalecimento das instituições policiais e do Ministério Público.

Não se pode atribuir à Dilma Rousseff responsabilidade por atos de corrupção denunciados pela imprensa como cometidos por pessoas com quem ela têm ligações profissionais, ainda mais quando não declaradas procedentes pela polícia, Ministério Público e Poder Judiciário. Cada qual com a falta que lhe cabe, como bem expressa a Bíblia em Deuterônimo 24,16:

"Os pais não serão mortos pela culpa dos filhos, nem os filhos pela culpa dos pais. Cada um será executado por causa de seu próprio crime".

Vê-se, então, somente propaganda negativa e gratuita do PIG sobre tudo que envolve o PT e que nem condiz com os números captados pelas instituições que combatem a corrupção. Nesses, o PT aparece em nono lugar, muito distante dos outros grandes partidos brasileiros em casos de perda de mandato por corrupção. Jamais veremos, por óbvio, essas estatísticas nas páginas do PIG.